sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

UM POEMA INACABADO - Ritos de Espelho 07


Entre nós, vultos submersos
Se buscam em movimentos espectrais
Sombras que choram mortes prováveis
em apartamentos labirínticos
Demônios que sepultam nos corpos,
amores primitivos.
Então ruímos no tempo
A cada gozo, a cada estrondo de dor
a cada morte dos anos
Cantamos o lirismo dos loucos
Tombamos no riso dos ébrios
Compomos juntos os últimos cigarros
Traçamos a arquitetura do inabitável.


poema do livro Ritos de Espelho, 2002



Ismael Nery, Composição surrealista

Um comentário:

Lucas Rohãn disse...

a ultima frase "matou a pau".


http://lucasrohan.blogspot.com

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...